segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pneus de inverno mais baratos


Conversando com meus colegas de trabalho aficcionados por carros, descobri que podemos reduzir o preço dos pneus de inverno utilizando aros menores e compensando na altura da banda do pneu. Fiz uma tabela para exemplificar. Normalmente, só baixamos um degrau no diâmetro do aro (geralmente, un pouce/one inch/uma polegada), mas esse caso do exemplo é diferente. O modelo básico do carro tem aro 17' e o de 18' é um pneu mais "esportivo", mas não muda nada estruturalmente que possa atrapalhar. Uma dessas coisas que pode impedir essa redução é o tamanho do sistema de freios, por exemplo. Daí, mesmo este carro tendo aros de 18', podemos pular para 16' porque ele poderia ter os de 17' também sem nenhuma diferença estrutural. Um detalhe importante é que se não constar no manual, acho prudente ter uma resposta oficial da concessionária confirmando que podem ser usados sem problemas. O uso não oficial pode levar a uma perda na garantia, bem como até danificar o carro.
Esses preços são do pneu Michelin Latitude X-Ice Xi2 no Canadian Tire. Usei esse pneu na comparação porque está disponível nas três medidas, mas não o recomendo. Ele parece ser muito bom para gelo, mas não para neve. E das cidades mais importantes do Canadá, Québec é uma das que tem mais neve.
Lembrando que o aro bom para inverno é aquele de aço, preto, sem calota e bem feioso. Não é legal ficar batendo aro bonito que quebra ou calota nos meio-fios escondidos debaixo da neve! No inverno, achamos algumas calotas soltas e quebradas nas ruas.
Continuo adepto à fisolofia de ter os pneus de inverno montado nos aros e trocá-los eu mesmo em casa como descrito nessa postagem. Depois de dois ou três invernos, passa a ser mais barato. Até meu vizinho de 71 anos faz isso!


Modelo Aro Pneus 1 pneu 4 pneus Economia
Luxo 18' 235/60R18 $242.50 $970.00 $0.00
Básico 17' 235/65R17 $212.50 $850.00 $120.00
Reduzido 16' 235/70R16 $185.50 $742.00 $228.00

domingo, 23 de outubro de 2011

Metablog de imigração para o Canadá


Você sabe o que é um metablog? Eu nunca tinha ouvido falar do conceito, mas faz sentido. O Thiago Mattos é um estudante de jornalismo e para o seu trabalho de conclusão de curso, ele resolveu fazer análises de casos de imigração de brasileiros para o Canadá.
Através de uma entrevista via Skype, ele estuda a estória da imigração desde a motivação até os resultados atuais desse processo, passando também sobre a questão da participação dos nossos blogs nessa aventura. O resultado é um raio-x bem objetivo e fiel de cada caso e blog, que é adicionado ao seu blog sobre blogs! Por isso o nome de metablog.
Nessa postagem ele explica melhor a sua ideia e essa postagem é a sua visão desse nosso blog rapaduresco e da nossa entrevista. Para quem quer conhecer outros blogs, eis uma fonte a ser acompanhada.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ducentésima postagem


Como disse na ocasião da centésima postagem, é bem mais difícil atingir essa marca com esse nosso blog. Isso porque procuro fazê-las de forma rica, com descrições detalhadas (Eu sei! Detalhadas até demais!), fotos e vídeos. Somado a isso, planejo antes de escrever e sou muito meticuloso, chegando a fazer até duas revisões.

Ultimamente, tenho produzido menos. Para a tranquilidade de vocês, caros leitores, não é preguiça nem desinteresse. É porque além das atividades normais, estou reformando o atelier para transformá-lo em quarto de visitas e recentemente, estava montando o abrigo de inverno para o carro. Nessa brincadeira, acumulei uma fila de postagens, mas isso me incomoda e vou me esforçar mais para transformá-la em mais páginas desse nosso livro virtual. Aproveitei a ocasião para mudar um pouco a cara do site, para ganhar novos ares.

Como diz o cara caíndo de um prédio ao passar pelo quarto andar: até agora, tudo bem! Com essa motivação, espero continuar o blog até no mínimo poder escrever sobre o passaporte canadense. Sei que vocês vão me ajudar também. Que venha a tricentésima postagem!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sistema de saúde canadense, parte III


Como disse na postagem da parte I, o sistema de saúde canadense é sempre algo bem polêmico. Tem gente que diz que é péssimo, tem gente que diz que é suficiente, tem gente que diz que é bom, etc. A conclusão que eu cheguei já faz muito tempo é que é tudo isso pois varia com diversos fatores como, por exemplo: gravidade do problema, o próprio problema, cidade, dia, horário, local de atendimento, profissional que atende, referencial de experiências anteriores, etc.

Na verdade, o sistema de saúde que considero é tão abrangente que começa em casa. Uma alimentação saudável aliada a atividades esportivas (viva a patinação!) colabora muito na prevenção de doenças. Ao menos no inverno, vitaminas e tomar água de tempos em tempos também previne. Tenho uma garrafa no trabalho para evitar ficar com a garganta seca por causa da baixa umidade. Mesmo assim, quando a garganta começa a reclamar, uso pastilhas Cepacol (aqui não tem própolis) para cortar logo no começo. Quando o problema é no nariz, um spray de solução salina regularmente lava tudo e faz milagres.

Depois de um ano e nove meses posso dizer com mais segurança que apesar do rigor do clima canadense, adoecemos consideravelmente menos que em Fortaleza. Mas, inevitavelmente, adoecemos. Nessas horas, começamos o diagnóstico em casa mas com o devido cuidado de não ultrapassar nossa capacidade e responsabilidade, afinal, não somos profissionais. Depois, vamos subindo a escala de acordo com o que acontecer.

Vou contar outro caso prático para ilustrar um exemplo de utilização dos vários recursos do sistema de saúde. O Davi teve uma febre leve. No começo, não é fácil saber a causa. Já tendo sido recomendado de outra situação, demos um antitérmico chamado Advil que temos em casa. Aqui em Québec não tem farmácias 24 horas, logo, é bom ter alguns remédios que possam ser úteis até o dia seguinte.

Passados três dias com alternância entre febre fraca e ausência de febre, ele começou a ficar com a secreção típica das sinusites e a  professora dele disse que tinha mesmo um virus rondando a escola. Para que ele possa dormir melhor, almofadas em baixo do colchão para deixar a cabeça mais alta como recomendado por uma enfermeira da emergência da outra ocasião.

Mas na escola, ele dorme na horizontal e acabou acordando com dor no ouvido. Chegando em casa, liguei para o Info-Santé Québec, no número 811. A enfermeira do atendimento fez várias perguntas e chegou à conclusão que eu suspeitava: do jeito que estava não era caso de emergência. Disse que o Advil aliviaria e recomendou um pano quente ou frio para ajudar, o que desse mais resultado. Mas se piorasse, disse ela, leve-o à emergência. Perguntei se seria indicado o CHUL, onde levei da outra vez e ela confirmou. Enquanto eu ligava, ele estava cada vez melhor, logo, poderia dormir tranquilo.

No dia seguinte, poderia levá-lo a uma clínica que fica no Place de la Cité, mas preferi o médico de família. Em geral, ele atende com rendez-vous/hora marcada, mas também atende sem, sujeito a espera maior ou mesmo não ser atendido. Cheguei às 13h30 e o consultório abria às 14h00. Fui munido de carrinhos, livros, água e comida e passamos bem as três horas de espera (desde as 13h30), já que não tive como marcar um rendez-vous. De fato, ele tinha uma tudite (rinite, laringite, faringite, e tudo mais...) e o médico passou o antibiótico.

Ao comprar o remédio, o farmaceutico sempre explica muito bem como administrar o medicamento e às vezes dá até uma folha de instruções. Me perguntaram se eu tinha um assurance medicaments/seguro medicamentos privado ou se usaria o do plano de saúde público. Mostrei a carteirinha do seguro complementar fornecido pela empresa e o preço do remédio caiu de 25,75$ para 2,58$.

A informação tem um papel importante nessa área e algumas pessoas têm más experiências também por mau uso do sistema de saúde. Experimentando e conversando, pegamos macetes e fazemos o melhor uso possível do que está ao nosso alcance. Mesmo sabendo que o sistema não é perfeito, até agora não tive maus relatos na nossa cidade. E o Davi está novamente derrubando a casa!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Livro em francês


Já duas pessoas me perguntaram que livro eu sugiro para praticarem a leitura em francês. Como em Fortaleza não encontramos absolutamente nenhum livro para vender em francês, não tenho ideia do que possa estar disponível no Brasil.

Porém, tem um livro escrito por uma canadense que achei interessante por dois motivos: primeiro porque a história é legal e tem tudo a ver com imigração e segundo porque conta detalhes da vida daqui, acompanhando as mudanças das estações. O livro conta as experiências de uma québécoise que se muda para uma província anglófona e tem muitas das dificuldades que nós imigrantes temos ao chegar aqui, mesmo estando no seu próprio país! Ele retrata também a salada de inglês e francês e suas nuances em relação à identidade cultural, por exemplo.

O livro se chama "La maudite québécoise" e está custando, como dizemos em francês, uma "vintena" de dólares (20$). Não sei a viabilidade e custo para a entrega no Brasil, mas acho que é possível de ser comprado pela amazon.ca.

Fica aí a dica de uma leitura agradável, de um nível de francês acessível e com um gostinho de Canadá.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Cirque du soleil


Esse é mais um dos eventos que eu estava devendo a vocês e a mim também. Pronto! Dívida paga! Aqui em Québec, o Cirque du soleil tem uma temporada de apresentações gratuitas durante o verão, aberto a todo mundo. Por ocasião da visita de nossos amigos recém chegados em Montréal, fomos conferir o espetáculo. Esta apresentação do circo québécois mais famoso do mundo se chama Les chemins invisibles/Os caminhos invisíveis. Eis a página deles.

O show é uma rica mistura de recursos que bombardeia os nossos sentidos. Tem projeções de vídeos psicodélicos nas paredes, música enérgica ao vivo, jogos de luzes coloridas e pulsantes, fogo, movimento, fantasias, maquiagem, surpresa, espanto, deslumbre e emoção. É impressionante como eles criam fórmulas novas a todo momento, não só nas performances mas no conjunto todo.

Quem quiser ficar mais perto tem que chegar cedo. Mas mesmo chegando tarde e ficando no final, ainda viamos bem o show. Infelizmente, esqueci de levar o meu principal material de trabalho de reporter, a fiel câmera. Mas para a nossa sorte (minha e de vocês), o nosso amigo Carlos filmou usando o celular e pude editar os vídeos.

Muito recomendado o programa. Dizem que as apresentações pagas e em locais apropriados é ainda mais interessante que essas. Imagino como seja! O Cirque du Soleil não é um circo. É o circo!