domingo, 3 de maio de 2009

IELTS - Dicas Parte 2: Speaking

Eis que a avaliadora me chama e já em inglês ! Quer queira, quer não, já começa daí a prova do speaking. Se não para ela, ao menos para nós porque todas as instruções são em inglês. Apesar de estar mais enjoado que marinheiro de primeira viagem (nos dois sentidos), entrei na sala alegre, sorridente, tranquilo (agora sem trema, com já era em todos os outros países que falam português) e confiante.
Todo mundo sabe que o estado de espírito interno repercute na expressão externa. O que poucos sabem é que o contrário também acontece. Um livro chamado "O corpo fala" propõe uma experiência para validar essa afirmação: Ao chegar no banheiro logo após ter acordado, com aquela cara de ressaca, experimente mostrar para você mesmo no espelho um sorriso bem largo, daqueles de mostrar os dentes. Você vai perceber que passará a se sentir alegre, como se invertesse causa e consequência. Quando estou em entrevistas ou fazendo apresentações, finjo que estou tranquilo e confiante, e logo passa a não ser mais um fingimento. Ao menos comigo funciona.
Ela começa perguntando o nome completo e de onde eu venho. Essa é moleza ! Daí seguem perguntas do tipo: O que tem como decoração nas paredes da sua casa ? O que eu vejo da janela do meu apartamento ? Como são os museus e galerias de arte da sua cidade ? Você acha importante a arte na vida das pessoas ? Por que ? Essa inclusive é uma pergunta muito safada até em português !
Haviam dito que a entrevistadora era chata e não ajudava em nada. Achei o contrário, simpática e prestativa. Por duas vezes pedi-la para repetir porque fiquei em dúvida em relação a uma palavra importante da pergunta e ela repetiu sem parecer que isso fosse um problema. Cuidado para não abusar ! Li em outro blog e a minha entrevista meio que confirma o que vou explicar por meio de um exemplo: Quando ela perguntou o que tinha como decoração nas paredes de minha casa, poderia simplesmente ter respondido quadros. Nessa hora, ela iria ficar olhando para a minha cara com um silêncio constrangedor para me dizer que eu tinha que falar mais. Essa é a chata. Você está sendo analisado em relação a fala. Se não falar, não marca pontos ! O seu time só faz gol se você atacar ! Seja proativo. Melhor falar com erros e provar que sabe se expressar que ficar calado. Expliquei que não eram quadros tradicionais de pessoas ou paisagens e sim quadros abstratos que exploram as formas e cores. Ela me deu um retorno positivo com um sorriso e um balançado de cabeça afirmativo.
Uma certa hora, ela me dá um papel para eu ler uma questão, planejar o que falar, podendo fazer anotações para ajudar e após 1 minuto de preparação, falar de 1 a 2 minutos sobre a questão. No meu caso era escolher alguém do meu convívio diário para eu falar sobre ela. Escolhi minha esposa por ter mais informações para falar.
Daí seguiram perguntas como: Como vocês gastam o tempo juntos ? Vocês acham que tem tempo suficiente para vocês ? Você faz parte de grupos de pessoas ? Como você se sente se relacionando com o grupo ? Você acha importante pertencer a um grupo ? etc.
Derrepente ela diz: Ok. Acabou ! Eu até cheguei a pensar que ela tinha abortado o teste no meio e me espantei. Para mim, só tinham se passado uns 5 minutos. Já tinham acabados os 20 minutos e nem percebi !
Não tive tempo nem de ler o simulado de speaking. Meu treino de speaking é ficar falando sozinho enquanto dirijo, tomo banho, ando sozinho, etc. ou até com outras pessoas, mas só mentalmente. Geralmente descrevo algo como se tivesse sido perguntado. É bom usar assuntos que conhecemos bem para termos muito do que falar. Quanto mais tempo por dia e mais dias, melhor. Depois de muito treino, fica natural, sem gaguejos ou congelamentos.

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