domingo, 30 de maio de 2010

Montréal




Aproveitamos o feriado do dia da rainha para o lado anglófono e dia dos patriotas para o Québec (descendentes de franceses não teriam muito o que comemorar no dia da raínha da Inglaterra após serem dominados por eles) e fomos finalmente conhecer uma cidade de interior: Montréal. Sempre faço essa piada sem graça porque acho muito curioso a segunda maior cidade do Canadá não ser a capital da província e sim uma cidade de apenas 500.000 habitantes.
Primeiro quero deixar registrada aqui a minha matutice em relação a qualidade da estrada entre Québec e Montréal. Primeiro de tudo, são duas, mas fomos e voltamos pela autoroute 40 porque passa por Trois-Rivières. Duas pistas de cada sentido com acostamento e 50 a 100 metros de distancia entre eles, com uma sinalização excelente e com uma pavimentação perfeita. Se vocês já estão acostumados com isso, tudo bem, mas eu tenho um coringa na manga: Tem um sonorizador na lateral das pistas para acordar os dorminhocos em toda a extensão da estrada. Isso pode salvar vidas e acho que não tem no Brasil. Vejam a foto a seguir. Se onde você mora/morava também tem isso, então é porque eu sou matuto mesmo!
Depois de 3 horas e 260 kilometros de viagem, fomos muito bem recebidos e hospedados na casa dos ex-conterraneos Lino e Cecília (http://www.leparcours.net), que moram perto dos também cearenses Márcio e Tuana (http://indoemboahora.wordpress.com) e da também cearense que conhecemos lá, Manuela (ou Carol, se preferirem!). Uma coisa que me chamou logo a atenção foi o fato de eu ouvir muito mais inglês que francês nas ruas, supermercado, e em outros lugares que nem são turísticos. Depois descobri que, ao contrário do que todos pensávamos, essa região é mesmo mais anglófona.







Outra coisa curiosa é o serviço de aluguel de bicicletas Bixi. Por 78$/ano, os usuários podem pegar uma bicicleta em um dos inúmeros estacionamentos e devolvê-la no mesmo ou em outro. E vi muita gente usando essas bixicletas (Nota do tradutor: É bicicleta no idioma da Xuxa) por lá.
Estava fazendo um calor fiu duma égua/horrível. Usei uma expressão cearense porque me senti de volta à terrinha quente. 33 graus e um sol de deixar marcas de brozeado, embora não seja como o de lá. Por isso fomos à Place des Arts para que as crianças se divertissem nas fontes e ao mesmo tempo se refrescassem.







No dia seguinte, visitamos a basílica de Notre-Dame e fomos conhecer o Mont-Royal, que deu o nome à cidade. O parque é grande e bonito. Tinha muita gente praticando esportes, fazendo piquenique e aproveitando o "solzinho". Do topo do monte, a vista da cidade é muito bonita.







Tem uma construção que serve de apoio com máquinas de bebidas e lanches e dois microondas. Descendo, para o lado do lago, tem também um restaurante/lanchonete para almoço e gente nos matando com o cheiro de churrasco!







Um recurso útil para os deslocamentos na cidade é o celular com acesso à Internet. O Lino e a Cecília fazem a programação da rota pelo Google Maps para saber qual ônibus e metro pegar, e a que hora. Aqui em Québec, a companhia de transportes não repassa os dados para a Google, mas ela tem a sua própria ferramenta que é o Trajecto. Depois de instalar outro browser no meu Nokia, o Skyfire, agora posso fazer isso também (invejoso!!!). Já conhecia o metro de São Paulo, então não fui matuto nesse quesito. Mas não esperava ver o metro com pneus de borracha como os de um carro. Eu esperava pneus como os de trens. Para o meu espanto, não vendiam bilhetes de uso livre por um dia na estação onde estávamos, somente com o cartão, que custava 2,50$. O legal da estória é que é o mesmo cartão Opus que usamos aqui em Québec, mesmo sendo outra empresa de transportes. Carregamos os nossos dois, o Davi não paga e o cara disse que a Lara não precisava pagar também, mesmo o informativo dizendo que paga um valor menor entre 6 e 11 anos. Bom, deixa prá lá.







Infelizmente, as crianças se cansam mais cedo que os adultos e isso limitou os nossos passeios. E olhe que andei muito e subi ladeiras e o monte carregando os 15 quilinhos do Davi! Andar kilometros todo dia na neve me deu marra para isso.
Sem dúvida, a solução para a acomodação das visitas é o sofá-cama de casal e os colchões infláveis. Os que compramos não deixam nada a dever a colchões normais e são super práticos e portáteis. Agora temos lugar para nós quatro, com mais quatro visitas aqui em casa (que na verdade é um apartamento). Só falta o pessoal do Brasil guardar dinheiro e criar coragem para nos visitar. E para quem tem medo do frio, basta virem no verão que vão ver um Canadá quente de derreter o juizo como o nordeste brasileiro.

2 comentários:

  1. Oi Alexei,

    Conheço o trajecto sim. Usei muito no começo. E me dei mal uma vez porque esqueci de mudar o horário que eu queria e fiquei um tempão esperando passar o express num horário que ele não passava. rs.

    Olha, até concordo com você que tem horários que a frequencia do ônibus é menor, mas fico impressionada como tem outros que passa o 800, o 801 e o 800x um seguido do outro (parando ao mesmo tempo) e se perder tem que esperar os 10mn sem choro nem vela. Já aconteceu comigo bastante. (sou mestre em estar a 1mn de distância quando o ônibus passa). Ah, claro que isso também ocorre muito no Brasil.

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  2. Isso é que é passeio legal. O resto é resto.

    E a vida segue...

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