quinta-feira, 5 de julho de 2012

Estados Unidos do Paraguai do Norte


Aqui no Canadá nós temos algumas opções de viagens para conhecer os países vizinhos. Temos a Groelândia, que pertence à Dinamarca (vocês sabiam?), a Rússia se conseguirmos passar pelo Polo Norte, e a França pelas ilhas de Saint-Pierre-et-Miquelon. Sobrou uma opção viável para ir de carro que é os Estados Unidos, logo...

Da primeira vez que fomos para lá, escolhemos a cidade mais próxima que é Plattsburgh (estado de New York). Fica a uns 340Km e 4 horas de Québec e 100Km e 1 hora e 20 minutos de Montréal. Mentira grande! Dependendo da hora, temos que somar um bom tempo (porque bom? deveríamos dizer mau tempo!) por causa da fila na fronteira. Pense que uma hora de espera não é difícil de acontecer. Quando chegamos na guarita e pensamos que vamos continuar a viagem, a tia da cabine diz que temos que ir para a segunda etapa no prédio.

Nesse prédio, também tem fila, mas chamam pelo nome. Se tiveres um nome difícil de ser pronunciado em inglês, é bom ficar atento. Na terceira chamada o tom de voz é menos delicado! Aviso importante 1: Se não formos voltar no mesmo dia, temos que fornecer o endereço de onde vamos ficar. Aviso importante 2: Temos que pagar a taxa do danado do formulário i-94 que como somos quatro, custou 24$. E como não tínhamos dólares americanos, foi no cartão de crédito. Descobrimos que a tarja magnética dele está causando problemas de leitura, mas por sorte temos outro e deu certo. Me lembrem de falar mais sobre o safado do i-94, certo?

Passada a fronteira, rapidinho chegamos em Plattsburgh. Ela é uma cidade pequena, porém miúda! O que tem de interessante lá? Um shopping para comprar muambas, digo, mercadorias e um restaurante que tem um sirloin/surlonge (uma peça que inclui a picanha e outro corte) bem gostoso. Xii!!! Qual é mesmo o nome desse restaurante?

Falando de muambas, se voltarmos no mesmo dia, não temos isenção de impostos. A partir de um dia, temos direito a um valor sem pagar impostos. No momento está de 200$ por pessoa para um dia. Não sei como a escala progride com mais dias mas crianças também contam. Aviso importante 3: Chegue no posto de fronteira canadense com o total já calculado. Não sabia e o cara não gostou da minha desenvoltura como contador. Também, o valor dos impostos mudam de acordo com critérios nada claros e não divulgados. Um deles é o tipo de produto. Tem coisas que têm o mesmo preço lá e cá como o iPhone mas acaba saindo mais caro se pagarmos impostos estadunidenses e canadenses. Mas o dvd player com tela dupla para carro que compramos (uma maravilha para viajar com crianças!) custou com todos impostos uns 150$ enquanto que aqui custava pelo menos 220$.

A segunda cidade mais próxima é Burlington (estado de Vermont), mas me disseram que também não é lá mais interessante que Plattsburgh. O que mais vale a pena depois dessas duas parece ser Lake George (estado de New York) que fica a uns 510Km e 5 horas e 40 minutos de Québec e 270Km e 3 horas de Montréal com aquele adicionalzinho já comentado.

E o que tem lá? Tem um parque com montanha russa, outro brinquedo radical, passeio de barco e outros. Pagamos 18$ de estacionamento mas entramos com o passe de estação do La Ronde de Montréal. Também tem uma praia de lago que nem chegamos a ver porque dedicamos muito tempo para outro atrativo da cidade. Qual? Outlets! O paraíso das mulheres e desespero dos maridos. Tem uma área da cidade que tem um tráfego considerável de carros por ser a região onde se concentram os outlets de marcas como Guess, Tommy e muitas outras que não me lembro. Às vezes os preços nem são tão mais baratos que comprar aqui, mas como era feriadão do Canada Day (ou dia da mudança), tinham uns descontos loucos. Uma sandália de 60$ estava com desconto de 50% e para homens naquele dia, tinha outro desconto. Saiu por 20$. Agora vocês entendem o porquê do nome da postagem, né?

Voltando ao bonitinho do formulário i-94, este é pago e grampeado no passaporte ao entrarmos nos EUA. Ele tem validade por 6 meses. Caso voltemos de avião, eles têm o registro da nossa saída. Mas quando voltamos de carro, eles dizem que não têm como saber que deixamos o país (o que eu duvido). Por isso, temos que devolver o lindinho do i-94 a uma autoridade canadense na fronteira ou em um aeroporto, mas não sei se em qualquer um funciona.

Como não devolvemos em 6 meses (lembrei-me com 7 dias de atraso), tive que mandar uns documentos provando que cada um de nós estava aqui e não lá durante esse tempo. Foram comprovantes das empresas onde eu e onde a Mônica trabalha, um da escola da Lara e um da garderie/creche-escola do Davi. O detalhe é que tem que ser em inglês. Essa página detalha o assunto.

Quando formos mais longe como a Portland, Boston ou New York City, eu escreverei outra postagem com mais informações. Ahh!! Na volta, não deixe de encher o tanque em Plattsburgh a 0,94$/litro ao invés de 1,26$/litro que é o preço atual da gasolina aqui em Québec/Montréal!

13 comentários:

  1. Oi, Alexei! Gostei muito do post, mas só pra dar um toquinho: a Groenlândia não pertence à Finlândia e sim à Dinamarca. ;)
    Espero ler em breve os relatos sobre NY e Boston, acompanho sempre seu blog!
    Beijos,
    Lidia.

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  2. Verdade, ia escrever sobre isso a Groelândia é parte da Dinamarca, e vêm a alguns anos pedindo sua independência, mas com a descoberta de novas minas e reservas de gás, isso está cada vez mais difícil de ocorrer.

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  3. Alexei, os limites são, desde 1º de junho:
    Até 24hs - $0
    Até 48hs - $200
    48hs ou mais - $800

    Fonte: http://www.cbsa-asfc.gc.ca/media/facts-faits/106-eng.html

    []'s
    Felipe

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  4. Gostei muito do post (ia comentar a questão da Groelândia tbm!), recomendo muito a visita à Portland, Boston e NYC, cada cidade tem sua particularidade.
    Em Portland, vá na época do Lobster Festival (mês de agosto), a lagosta do Maine é a melhor conhecida mundialmente, é o maior ativo do estado e é encontrada em muitos lugares por um preço muito acessível. Tem até sorvete de lagosta pras crianças se divertirem. Se o intuito for muambas, há uma cidade praticamente só de outlets chamada Freeport e uma outra com lojas muito boas que chama Kittery.
    Boston dispensa comentários com os campus de Harvard e Boston College, e vale uma parada no Quincy Market em frente ao prédio da prefeitura.
    Desculpa se me empolguei e tomei a liberdade para dar pitacos, e se vocês já conhecem essas cidades isso já está batido! rs. Eu particularmente adoro o nordeste dos EUA.
    Abraços, Camila

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  5. Tô precisando descobrir uma boa opção nos EUA pra nós que estamos em Calgary.

    E a vida segue...

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  6. E eu só lembrei que meu papelzinho tava expirado na hora que cruzei a fronteira e levei um pito do oficial. Na boa, com tanta coisa acontecendo na minha vida tenho que ficar lembrando de papelzinho? E, sinceramente, não sei se realmente os oficiais canadenses entregam os papeizinhos pros americanos, que digitam tudo num sistema... E agora quem é europeu e entra via aeroporto não tem mais papelzinho, é só um carimbo - ou seja, não sabem se vc saiu ou não. Esse sistema é bem confuso.

    Não precisa mandar tanto detalhe não, você sendo "persona grata" uma cartinha, uma cópia do PR card já está mais do que bom.

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  7. Quack! Que furo o da Groelândia! Obrigado pelo aviso, pessoal. Já corrigi.

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  8. Camila, ainda não fizemos essas viagens porque são mais longas e temos crianças. Mas ainda vamos conhecê-las sim!

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  9. Lupatinadora, no final das contas, deu certo. Agora vou prestar mais atenção para não cair mais nessa.

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  10. César, tem Seattle a 1100Km e 13 horas de viagem. Dureza, hein?

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  11. La vie est belle...: Vou considerar também.

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