A saga de uma família de retirantes cearenses, comedores de rapadura,
rumo à terra onde a Cana dá.
Fortaleza -> Ceará -> Brasil -> Canadá -> Quebéc -> Québec
terça-feira, 30 de agosto de 2011
A TPM da Irene
Essa tal de Irene estava mesmo com raiva. Saiu do sudeste dos EUA até o nordeste do Canadá quebrando tudo! Começou anunciado (agora tratando no masculino) como um furação de categoria 3, mas rapidinho foi reclassificado como categoria 2 lá pela Carolina do Norte.
Alertas nervosos em todo o caminho previsto ao longo da costa leste dos dois países, mas como tinha um raio anormal de centenas de kilômetros, cobria uma região bem grande. Um em cada cinco estadunidenses foi afetado por ele. A sempre agitada Nova York parou! Os três aeroportos, metro e comércio ficaram fechados. Houve ordem de evacuação nas regiões mais facilmente alagáveis dela e de outras cidades. Quem ficou teve que se preparar: Madeiras nas janelas, lanternas, estocagem de comida e de água potável, etc.
Se tivéssemos ido ao Brasil por Nova York, teríamos o nosso voo de retorno cancelado. Estávamos agendados para irmos de carro nesse final de semana do furacão para Portland, Maine. Mas quando começaram as reportagens, tratei logo de cancelar.
Mais para o sul, a violencia do furacão foi mais forte, mas é uma região menos populosa. À medida que ele se deslocou rumo ao norte, foi perdendo a força devido à temperatura mais baixa e ao adentrar no continente, se distanciando do mar. Em Nova York, os estragos foram menores que o que esperavam, mas ainda assim, alagou partes da cidade, uma parte do metro subterrãneo, derrubou árvores, estragou carros, casas, e causou muitas panes de energia. Saldo: 10 mortes e entre 5 e 7 bilhões de prejuízo nos EUA.
Chegando no Canadá, a Tia Irene já estava mais calma. Chegou aqui como uma tempestade tropical. Sherbrooke recebeu mais chuva e ventos mais fortes que Montréal e Québec. Aqui em Québec, a previsão era de 100mm de chuva e ventos de mais de 100Km/h. Foi muito mais tranquilo que o esperado. Nem teve tanta chuva assim e o vento só chegou a uns 74Km/h. Eu já peguei esse patamar de vento duas vezes nos invernos e achei pior porque como eram nevascas, a visibilidade fica muito reduzida. Também, no meio da semana é complicado, porque algumas vezes as escolas fecham, mas o resto da cidade continua. Já a tia foi camarada e veio mais forte somente na noite de domingo e madrugada de segunda-feira.
De qualquer forma, foi suficiente para derrubar algumas árvores e deixar alguns lares sem energia. Aqui em casa, só teve uma falta de energia de apenas uns 10 segundos mas teve gente que ficou assim por mais de 24 horas. A boulevard Laurier amanheceu com seus shoppings e prédios comerciais sem energia e deve ter passado boas horas assim. No Québec todo, cerca de 180.000 lares foram afetados por panes de energia. Não tive nenhuma notícia de alagamento, mas ainda acho que fizemos uma boa escolha em morarmos longe de rios e em um lugar bem alto.
Nevascas, tempestades, tremores de terra (tivemos o terceiro, que dá uma média de 2 por ano), onda de calor, chuva congelante: Aqui tem de tudo um pouco de fenômenos naturais. Nosso vizinho tem 71 anos e ele disse que o pior que ele já viu acontecer aqui foram alguns galhos grandes de árvore que foram quebrados. Se for assim, esses espetáculos da natureza apenas dão uma pitadinha a mais de emoção nas nossas vidas. Teve muito marmanjo morrendo de medo da Irene!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Realmememt a Tia Irene botou pra quebrar. Hehehe.
ResponderExcluirE a vida segue...
Qual o nome da sua cidade?
ResponderExcluirVc sabe dizer algo sobre Trios Reviere?
Moro em Québec, capital do Québec. Trois Rivières é uma cidade pequena que fica no meio do caminho entre Québec e Montréal. É tranquila mas dependendo da àrea profissional, pode ter poucas vagas.
ResponderExcluir