quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Placar empatado com a pluie verglaçante


A pluie verglaçante/chuva congelante dessa vez foi bem mais tranquila. Teve muita calçada com gelo, mas não tanto quanto da outra vez do inverno passado. Por exemplo, tudo isso que estão vendo no chão dessa calçada da foto é gelo mesmo. Também estamos mais treinados por causa da patinação e mais maceteados. Nenhuma queda ou batida de carro dentre os conhecidos, mas teve um cara da empresa na qual trabalho que teve duas fraturas na perna. Ai!
Para ver o que é trauma. Eu dobrei a esquina do trabalho e lembrei que da vez passada, eu tentei subir esse quarteirão de calçada, mas era impossível. Eu pegava embalo, mas descia escorregando. Lembrei também que eu ficava imaginando que quem dobrasse a dita esquina, iria escorregar no imenso tobogã e só iria parar no asfalto da rua. Só que dessa vez, eu estava em cima e descendo. Fiquei parecendo um bobão pisando de leve com a ponta da bota a cada passo para saber se era gelo ou chão molhado, porque é bem difícil de distinguir.
Isso porque também lembrei que da outra vez, quando cai, foi justamente após pensar que tudo era chão molhado e que não tinha gelo. Melhor bobão pisando devagarinho que bobão de video cacetada!
O mais legal que eu achei foi a escada da saída do condomínio para a calçada. Dei um escorregão, mas estava segurando no corrimão de tubos metálicos. Só que este também estava congelado! Escorregou o pé, escorregou a mão! Samba, samba, balança, mas não cai!
Na postagem passada o placar terminou 1x0 para a dona verglas. Agora ficou 1x1! Let's go Remparts, let's go! clap, clap!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A volta da Branca de Neve




Calma lá! Esse do vídeo sou eu! A Branca de Neve... bem, deixe-me explicar.
Recapitulando, em janeiro quando cheguei em Toronto para fazer o landing, eu vi uma cidade sem neve em pleno inverno. Fiquei meio encucado, mas tudo bem. Mas quando o avião sobrevoou Québec, fiquei surpreso e encantado! A cidade estava toda... Branca de Neve! (Detalhes nessa postagem).
Pois bem, passados 10 meses desde a minha chegada aqui, eis que ontem começou a nevar novamente em Québec, deixando a nossa cidade ainda mais charmosa! Tem quem simplesmente tolere, tem quem não goste, tem quem deteste, mas eu e as crianças continuamos adorando o inverno!
Por falar nisso, ainda falta cerca de um mês para o inverno de calendário, mas já estão todos considerando que é inverno. É similar a quando dão boa noite às 03h30 da tarde ou bom dia às 20h00. A natureza varia tanto que as pessoas deixam de ser rigorosas quanto à cronologia oficial.
Interessante é que toda vez que olho pela janela para fora, levo um susto! Uau! Como a paisagem mudou da noite para o dia! A impressão que dá é que eu cheguei em uma cidade no inverno, depois fui para outra e agora estou de volta à primeira. A mudança visual é radical.
Muitos aspectos da nossa vida são cíclicos, mas não se passam da mesma forma. Não são círculos, mas espirais. Nesse inverno estamos de carro, o que é bom e é ruim. É bom porque temos mais liberdade de destino e de horário. Também, apesar do meu masoquismo, devo reconhecer que é bem mais confortável andar de carro com aquecedor que a pé a -20°C. Mas ainda estamos no patamar de -8°C por enquanto. O lado ruim é que dirigir na neve e no gelo é mais arriscado. Eu não vou mentir: sempre gostei de off-road e rally, só que nunca tive a oportunidade de experimentar. Pois bem! Ei-la! Um off-road on-road! Um rally de casa até o supermercado! A Mônica é que não está gostando nada dessa estória. Ela é quem usa o carro durante a semana. A bicicleta foi hibernar (claro!) e agora vou voltar a ter tempo para ler meus livros nos ônibus.
Seção de avisos! Inverno também é uma temporada de chutes, digo chutes/quedas! A neve escorrega um pouco. A neve amassada escorrega mais. Quando a temperatura fica positiva, a neve derrete e fica tudo cheio de água. Depois, fica negativo e a água congela. Aí esse gelo escorrega ainda mais! E estou falando daquele gelo brilhante como cubo de colocar em bebidas. Aí depois neva por cima e o gelo escondido vira uma armadilha. Levei um baita escorregão nessa daí, depois cavei para mostrar na foto. Ela fica exatamente atrás do nosso carro. Só agora sei porque deixaram para ocupar essa vaga por último! Se aproveitaram do matuto do cearense!


Achas que é o pior que pode acontecer? Amanhã vai ter outra vez a maior molecagem que São Pedro conseguiu inventar: A pluie verglaçante/chuva congelante. É um fenômeno raro quando a água cai líquida e congela ao entrar em contato com  as superfícies. Talvez seja mais seguro sair de casa logo de patins de gelo. Taí! Boa ideia! Foi a única vez que não adiantou meus anos de experiência com patins, skate e artes marciais. Os meus dois pés foram para o alto e aterrisei de ombro (detalhes nessa postagem). Dica valiosa que muitos me deram no inverno passado: não andem com as mãos nos bolsos. Em uma queda, pode ser que fiquem presas e caiam de cotovelo. Ouch/ai!
Mas não tem nada como voltar a ser criança e brincar com a Lara e o Davi de guerra de bolas de neve, fazer um bonhomme de neige/boneco de neve e a nossa patinação em família de todos os finais de semana. Afinal, como diz a música, "C'est l'hiver, c'est l'hiver, c'est l'hiver..." (É o inverno).



sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Nota 10


No trabalho, nós temos uma reunião periódica individual com o chefe. No começo, serve para dar diretrizes de como tudo funciona. Depois, passa a ser uma espécie de feedback bidirecional. No meu caso, rapidamente passou a ser uma reunião de discussão de sugestões de melhoria de processos e ideias novas que tenho. Nessa última reunião, ele disse que estavam muito contentes de terem me contratado porque, além de outros fatores positivos, eu era proativo e contribuia com algo a mais. Isso não me altera muito. Tenho os pés no chão. Mas é bom saber que sou bem visto na empresa.
Mas hoje, na reunião com a professora da Lara, fui pego de surpresa.  Elogio para cá, elogio para lá, e eu continuava indiferente na estória achando que era gentileza da parte dela, que dizia isso para todos os pais. Mas, dentre outros detalhes que provavam o contrário, o mais forte foi o ela contou que disse para a turma toda.
"Crianças, vocês sabem que a Lara está aqui há menos de um ano. Vocês a acompanharam desde quando ela chegou e sabem que ela não falava nada de francês. O boletim dela está cheio de notas altas, mas particularmente em leitura, ela foi a única da turma a conseguir 100%. Isso quer dizer alguma coisa, não?"
Sim. Quer dizer muito! Quer dizer que chegamos aqui cheios de medo, incerteza e assustados com tanta mudança. Mas Deus tem sido tão bom para nós que no Brasil eu não chorava por nada e aqui, acho que é a terceira vez que eu choro. Isso acontece por me preparar tanto para as dificuldades e ser pego de surpresa com esses presentes divinos. Eu não tenho nem como descrever esses momentos. As vezes é até uma coisa boba como ver o sol se pondo enquanto escuto uma música no carro, ver uma árvore dourada do outono, o vento no rosto quando desço a ladeira de bicicleta, etc.
Desculpem o sentimentalismo da postagem, mas imigrar é isso também. Adversidades, provações, mas também superações e recompensas. Que as graças de Deus acompanhem suas caminhadas também.

domingo, 14 de novembro de 2010

Difícil de traduzir


-Entendeu o que ele disse?
-Sim.
-E o que foi?
-Ehhh..
Parece mentira, né? Se entendeu o que foi dito, e tem uma alta capacidade de expressão em português, como é que ainda tem que parar para pensar em como vai dizer? A questão é que existem frases que têm uma estrutura ou sutilezas que passam de longe sem nenhuma equivalência em português. E eu, para completar, sou perfecionista e não gosto de passar só a ideia geral perdendo os detalhes. Dou dois exemplos:
"Tu est pas mal drôle!". O pas mal é equivalente a "nada mal". Para explicar, vou começar com outra frase: "C'est pas mal froid". Quer dizer "o frio não está nada mal". A primeira frase quer dizer que tu estás engraçado, somado a ideia do nada mal. O mais próximo que encontrei foi "de engraçado, tu não estás nada mal".
Em inglês, tenho como exemplo o trocadilho "I'm a dam engineer". Se eu somente traduzir, vai ficar "eu sou um engenheiro de represas". Porém, dam é homônimo homófono de damn, que significa ao pé da letra maldito mas tem outras sutilezas. Caramba! Detonei no homônimo homófono, hein? Quer dizer que as duas palavras têm a mesma pronúncia. Então, a frase soa ao mesmo tempo como "eu sou um engenheiro de represas" e "eu sou um puta engenheiro". Desculpem o palavrão, mas damn também soa como palavrão e serve como enfatizador. E essas sutilezas são bem difíceis de serem expressadas e principalmente para falar sem muito tempo para pensar.
E para matar qualquer tradutor, tem a frase que foi feita de propósito para ser impossível de ser escrita. "Un sot avait pour mission de faire parvenir le sceau d'un seigneur à son roi. Il l'a mis dans un seau et est parti à cheval. Le cheval a fait un saut et les trois ..... sont tombés". Que dizer: "Um idiota tinha como missão levar um carimbo de um senhor a seu rei. Ele o colocou dentro de um balde e saiu a cavalo. O cavalo deu um salto e os três ..... caíram. Sot/idiota, sceau/carimbo e seau/balde se pronunciam do mesmo jeito (lembram dos homônimos homófonos ?). Quando falada a frase, usamos no espaço pontilhado essa pronúncia para dizer que os três elementos cairam ao mesmo tempo. Porém, cada uma se escreve de uma forma diferente.
E aí?

Halloween


Ralou o que? O ween! O termo halloween, ou como os québécois chamam "l'alloween" (l'halloween) veio de all hallows eve, que significa noite de todos os santos. É uma festa tradicional de alguns povos anglo-saxões, que veio parar aqui na América do Norte. Esta é comemorada na noite de 31 de outubro a primeiro de novembro.
Quando perguntei a um québécois o que significava a festa, primeiro ele disse que não sabia a origem. Depois, que era a festa dos mortos e das assombrações. Por último, que se tratava na verdade, da festa onde as pessoas gastam um bocado de dinheiro com fantasias e decorações, mas sem saber qual a origem e o real significado.
O fato é que o halloween mexe com todo mundo aqui no Québec também, embora não tenham uma orígem anglo-saxônica. Só para terem ideia, a empresa na qual trabalho, além da decoração, fez um concurso de fantasias. Não tenho certeza, mas acho que quem ganhou foi um cara que foi com uma fantasia extremamente convincente de personagem do filme Avatar, com direito a rosto pintado e rabo comprido.
Na instituição de lazer daqui do bairro, o Loisir Montcalm, teve uma festinha gratuita (na verdade, já paga pelos impostos, assim como muitas outras coisas) para as crianças. Teve uma bruxa comediante, abóboras para as crianças pintarem, brincadeiras, pintura de rosto e bombons, é claro!
A noite, fomos convidados pela vizinha para participar do pedido de bombons de porta em porta. Faltando 15 minutos para sairmos, resolvi entrar no clima e improvisei uma fantasia maluca. Batizei-a de Fernando Collor ninja corno. Lembrei que quando criança eu colocava uma blusa na cabeça com as mangas amarradas atrás que lembra um  ninja. Na saída, a vizinha ofereceu os chifres, daí o termo corno. E o Fernando Collor? Bem, vocês se lembram do episódio onde ele disse que quando nasceu tinha "aquilo roxo"? Pois bem, foi a cor que escolhi por ser macabra e por ter um lençol para me cobrir. Por coincidência, os chifres eram da mesma cor.

Eu pensei que só existissem fantasias amedrontadoras, mas tem horas que parece um carnaval. Tem fantasias de robô, de Papai Noel, de super-heroi, de presidiário e de Senhor Macho! Esse cara, a propósito, era macho mesmo! Com um frio de 2°, ele saiu conosco e com a criançada de casa em casa vestindo somente uma bermuda, uma camisa, a capa e um par de tênis. E olhe que tinha aquele ventinho "refrescante" e começou a cair alguns floquinhos de neve tímidos! Mas não tem essa de frio não. Canadense que é canadense não deixa de sair de casa por causa de nenhuma condição climática. E lá fomos nós pedir bombons na estratégica e rica Avenue des Braves. Cada mansão milionária que vou te contar!
Em inglês, existe a tradicional frase "tricks or treats", que significa mais algo do tipo "doces ou travessuras". Mas em francês, a meninada diz mesmo é "me dá uns bombons!" ou nem diz nada! Em compensação, tem alguns donos de casas que pedem que alguém cante algo como forma de pagamento. Quem quer participar da brincadeira, decora a casa e deixa as luzes acesas. Porém, tem casos que fica meio difícil de saber. Olhem, a galera compra bombons é de toneladas! As crianças chegaram em casa com sacos cheios e são muitas crianças batendo nas portas durante horas.
Como sempre digo, até atravessar a rua aqui é diferente. E olhe que basta ir para Montréal para mudar de regras outra vez! Imigrar é estar aberto às novidades e experimentar essas curiosidades. Integração não é só uma questão de aprender o idioma. É se harmonizar com a cultura, os valores e tradições. Só não esqueça de escovar bem os dentes depois de comer tantos bombons! Pensando bem, acho que foram os dentistas que inventaram essa festa!



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Curiosidades 4


Como o salário mínimo daqui é alto, cerca de 1600$/mês caso sejam 40 horas semanais, algumas profissões simplesmente não existem (ou quase) como frentista de posto, borracheiro, jornaleiro e porteiro. E como se faz sem porteiro? Cartão de proximidade. Eu tenho um para a cancela do estacionamento do condomínio, um para a entrada na escola fora do horário padrão e um para entrar no trabalho. Quis dar uma de improvisador criativo colocando o da cancela em uma abertura no painel do carro e deu tão certo que descobri que foi feito para isso mesmo!
Você que está estudando francês: cleaner é limpar, catcher é capturar, drifter é derrapar, fixer é consertar, starter é inicializar e closer é fechar. Faltou avisar que todas essas palavras são do inglês e a galera transforma em francês. O ruim é perceber e decodificar isso em um diálogo!
Cuidado com a abrangencia das palavras em francês! Embrasser é abraçar, mas também abraçar e beijar, como também simplesmente beijar! Por sua vez, un baiser ou le baiser é um beijo ou o beijo, mas como verbo, baiser não significa beijar (função do embrasser) mas sim aquele verbinho terrivelmente feio começado com a letra F, tanto em português como em inglês! Opa! Cuidado!
Ainda no tópico francês, com uma questão cultural embutida: mur significa parede. E muro? O que é isso? Aqui, quando muito, algumas raras casa têm somente uma cerquinha baixa para as crianças não sairem! Inclusive a área ao redor das casas não é delimitada, principalmente quando a disposição delas é irregular. É de todo mundo e de ninguém em particular. Adoro isso!
"Quando eu chegar no Canadá, vou alugar uma casa!". Bem,são muito poucas as ofertas de casas para alugar e talvez os preços sejam inviável para o imigrante recém chegado. O que todo mundo que tenho notícia aluga mesmo são apartamentos ou, como chamam, condo (de condomínio). Depois de estabilizada a vida, podes voltar a morar em uma bela casinha de jardim verdejante.
O diálogo assimétrico onde um fala em um idioma e outro em outro idioma não é tão comum quanto eu pensei, principalmente depois de assistir o filme Bon cop, bad cop. Normalmente alguém comuta para o idioma do outro, mesmo que ambos sejam exímios bilíngues. Mas é algo incrivelmente natural, normal e faz parte do meu cotidiano. No trabalho, um colega nosso fala mais em inglês, mas eu sempre falava com ele em francês. Agora estou voltando a falar em inglês com ele porque o meu francês já está melhor e quero continuar evoluindo o inglês. E apesar de eu sempre falar em português com a Lara para que ela não desaprenda, ainda acontece de ela comutar para o francês e ficarmos conversando em idiomas diferentes. Ela nem nota. Os québécois que escutam a conversa é que ficam doidos porque só entendem a metade!
No Brasil, ouvi do próprio cara que trabalhava no atendimento do número de emergência dos bombeiros que mais de 80% das ligações eram trotes. Por causa disso, os atendentes dos números de emergência só consideram válidas as emergências que têm ao menos duas ligações para descartar a maioria dos trotes. Aqui, o acionamento não pode ser ignorado porque tem muitos incêndios devido às construções de madeira e eles chegam em 5 a 15 minutos, dependendo da região da cidade. Se algum desavisado cair na brincadeira de fazer um trote, não tem problema! Eles vão ao destino na mesma pressa. Apenas o gaiato vai receber a cobrança do acionamento indevido! Até alarme desregulado dá cobrança de acionamento indevido, o que força o dono a regulá-lo apropriadamente.
Descobri que alguns carros têm uma central que recebe via rádio-frequência a leitura de pressão dos pneus e alarma no painel se algum deles sair da faixa recomendada. O mais legal é que qualquer sensor de qualquer fabricante funciona com qualquer marca e modelo de carro! Claro que não funciona no meu carrinho porque ele não tem essa central! Quem sabe o próximo!

Let's go Rempart, let's go





Mas tenha vergonha, fã de hockey frajuto! Como é que assiste a um jogo de hockey ao vivo somente depois de 9 meses! Bom, Quando cheguei, tinhamos muitas coisas para resolver, a rotina era muito cansativa, nem sabia onde ficava o Colisée Pepsi, achava que tinha que pegar dois ônibus, ir sozinho, etc. Quando a vida se estabilisou mais, acabou a temporada de hockey.
Passado o verão e recomeçada a temporada, ainda estava assistindo só pela televisão, mas já não tinha desculpas. De uma só vez, todos os elementos favoráveis aparecereram do nada. O colega de trabalho Cristiano me deu dois bilhetes para o jogo do Remparts de Québec, a torre de comando autorizou o voo (cujo circunflexo caiu, a exemplo de alguns aviões) e o amigo Eliomar topou ir comigo na hora. Perfeito! Valeu pelo patrocínio, Cristiano! Valeu pela companhia, Eliomar!
Infelizmente, o time daqui de Québec, o Remparts, é um time da LHJMQ (Ligue de hockey junior majeur du Québec), porque o time de Québec que participava da Liga Nacional de Hockey (LNH ou NHL), o Nordiques, foi vendido em 1995. Estão tentando ressuscitá-lo, mas para isso, o primeiro passo seria derrubar o Colisée Pepsi, que é considerado pequeno e
velho, para construir um com capacidade adequada e multi-funcional para ter rentabilidade viável. O governo federal disse que banca a obra, mas não tudo. Tem que ter sou (no linguajar popular, quer dizer um centavo, centavos e também dinheiro, equivalente a "pratas" em português) privado também.
De qualquer forma, isso não tira a emoção de ver a torcida fazendo barulho, as musicas de incentivo e as porradas da rondelle/puck (o que chamamos de bola, mesmo sendo um cilindro mais largo que alto) na proteção de acrílico.
Siga só a sequência de filme. Rondelle no campo de defesa do Remparts. Eles avançam em direção ao gol do time adversário. Meu instinto aranha dispara! Opa! Vai ser o primeiro gol, eu estou sentindo! Tiro a máquina do bolso, ligo, espero a inicialização (e o time avançando), aponto, ajusto o zoom, (e o time tocando a rondelle no campo de ataque), apressadamente, giro a chave para o modo de vídeo, aperto o botão e pronto: está gravando! Poucos segundos depois....plaf e GOOOOOLLLL!!!!!! Eu sabia!! Eu sabia!!! Uhuu!!!! E de quebra, ainda estou gravando o gol para meus leitores do... epa! O visor está escuro! Por que?!?! IDIOTAAAAAA!!!!! Eu apertei o botão de desligar ao invés do botão de começar a gravar!!! calvaire!!!(palavrão québécois). Religuei às pressas e gravei ao menos a comemoração APÓS o gol.




Me desculpem, torcedores de futebol, mas eu nunca gostei desse esporte. Mesmo se gostasse, não teria coragem de ir a um estádio com a violência que se passa nos jogos. Por outro lado, além de eu me tornar fanzão de hockey, é muito agradável ir assistir um jogo. Respeito total, mesmo quando tem torcedores de um time se manifestando isolados no meio dos torcedores do time adversário. Vai gente de todas as idades, desde bebês de colo até senhores de idade e senhoras torcedoras fervorosas, como as duas que estavam na nossa frente. O ambiente é tão agradável que nem faz frio, nem calor, ao menos onde estávamos!





Fico imaginando final de Copa Stanley no Centre Bell de Montréal, com a barulhenta e enérgica torcida do Canadiens respondendo à mensagem do painel que circunda a arquibancada: faites du bruit/façam barulho. Talvez eu ainda assista uma partida dessas, talvez até uma do Nordiques, caso consigamos tê-lo de volta. Mas por enquanto, com uma vitória de 4 a 1 sobre o time de Prince Edward Island, me diverti bastante gritando Let's go, Remparts, let's go!! Vamos lá, Remparts, vamos lá!! Clap, clap!! Epa!! Porque não é allons y ao invés de let's go?! Bem...saladas de país bilíngue. Normal!

sábado, 6 de novembro de 2010

Horário de primavera-verão-outono


Amanhã, como é o primeiro domingo de novembro, vai terminar o horário de "verão" que passa a primavera, o verão e o outono. Assim, às 02h00 (am) os relógios devem ser ajustados para novamente para 01h00 (am) e assim, passaremos a acordar mais tarde. Existe atualmente uma diferença de uma hora entre aqui (Québec) e Fortaleza (de onde eu vim). Agora vai passar a ser duas horas.

Detalhes nesses links:
http://en.wikipedia.org/wiki/Daylight_saving_time
http://www.timetemperature.com/tzca/daylight_saving_time_canada.shtml